Estamos começando amanhã (02/03) mais uma turma do CPP Baixa Grande. Há boas expectativas em nós de que Deus nos guiará em todo o tempo. Mas por falar em tempo, colocaremos aqui um artigo (uma parte a cada postagem) sobre as perspectivas e ideias que se tem sobre o tempo e como lidar com elas à luz da palavra de Deus. Hoje deixamos pra vocês a introdução dessa mensagem dada originalmente por Guilherme de Carvalho (pastor e obreiro do L'abri Brasil) e transcrita por Elenir Eller Cordeiro.
O
SACRAMENTO DO MOMENTO PRESENTE
Introdução
– O tempo e o ídolo
O tempo é, sem dúvida, um
dos assuntos mais difíceis para se discutir, seja na filosofia ou na ciência,
pois não é fácil fazer uma descrição adequada do tempo. Sem pretensão de
resolver todos os problemas teóricos ou científicos sobre o tempo, minha proposta
é fazer uma reflexão, em parte teológica, em parte filosófica, sobre o assunto
para depois analisar de que forma a fé cristã pode afetar nossa relação com o
tempo.
Toda nossa reflexão sobre o
tempo gira em torno de uma declaração simples e fundamental de Pascal: ´Os
homens são felizes com Deus e infelizes sem Deus.` Minha tese é que se nos afastamos de Deus
nossa relação com o tempo fica distorcida. Por quê? O afastamento de Deus vai
exigir uma alternativa para Deus e qualquer alternativa que não seja Deus
torna-se idolatria, e isso causa uma distorção de nossa relação com o tempo.
Um dos aspectos da visão
judaico-cristã de mundo é que sempre escolhemos Deus ou um substituto como
valor supremo. Não existe meio termo, sempre vamos tentar preencher o espaço
desocupado com alguma coisa. Por isso, a idolatria é um perigo constante. Gosto
muito de certas declarações isoladas da Bíblia e 1 João finaliza com uma de
minhas prediletas: `Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.` Os dez mandamentos
declaram de cara que Deus é único e que não devemos ter outros deuses. Ao
descrever a natureza do pecado em Romanos 1, Paulo diz que o pecado é
basicamente idolatria, pois os homens tinham conhecimento de Deus, mas não o
glorificaram como Deus. Não existe escapatória, sempre que nos afastamos de
Deus, encontramos um substituto para ele. Seja proveniente da tradição ou da
cultura, seja talhado por nossa mão como descreve Isaías 44, sejam divindades
mais sofisticadas como teorias científicas ou filosóficas, no final das contas,
a tudo que damos um valor supremo, isso exerce função de divindade.
Não pense, portanto, que
você está livre da religião simplesmente porque não está inserido numa tradição
estabelecida ou porque não acredita em divindades. Religiosidade ou
espiritualidade significa muito mais do que crer numa divindade ou seguir uma
tradição religiosa. A atitude que uma pessoa religiosa tem com sua divindade é
muito semelhante à atitude que uma pessoa não religiosa tem com algo ao qual
ela dá valor supremo. Assim como todos respiram pelo nariz e enxergam com os
olhos, todos valoram as coisas. Portanto, quem não tem Deus como seu valor
supremo vai dar a alguma coisa um valor absoluto e usará isso como fonte de
identidade e de significado para sua vida. O problema é que os ídolos, por
serem finitos, não proporcionam este sentimento de significado final ou de valor
supremo. Simplesmente, é impossível atribuir valor supremo para algo que não é
supremo.
Continua...
Sucesso, queridos irmãos! Acredito que Deus está no comando de vossas intenções e,no final teremos novos homens e mulheres de Deus ,aptos ao trabalho missionário
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