Os
salmos e as lágrimas
Dos sete salmos que mencionam as lágrimas, três
são de Davi, um homem de lágrimas (os homens também choram!). Aliás, alguns
salmos são perfeitos para serem orados nos momentos de angústia e desespero e
em que nos faltam palavras.
Não te cales perante
minhas lágrimas. (Sl 39.12 - Revista e Corrigida)
Outro salmista compôs para ser cantado:
Minhas lágrimas tem
sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: Onde
está o teu Deus? (Sl 42.3 – NVI)
Eugene Peterson deu a seguinte versão:
Estou numa dieta de
lágrimas – lágrimas no café da manhã, lágrimas no jantar. Durante todo dia as
pessoas batem à minha porta, importunando: Onde está esse seu Deus?
E Davi nos deixou esta preciosidade a
respeito das lágrimas:
Registra, tu mesmo, o
meu lamento; recolhe as minhas lágrimas em teu odre; acaso não estão anotadas
em teu livro? (Sl 56.8)
Fico emocionada quando leio isso, pois revela
a importância de nossas lágrimas para Deus. Bob Sorge diz que Deus engarrafa
nossas lágrimas e as põe em sua prateleira para servir de testemunho por toda a
eternidade. Como se isso não bastasse, ele registra em seu livro as palavras
que proferimos em meio a elas.
Não é à-toa que Jesus disse que
bem-aventurados são os que são choram (Mt 5.4). Já chorou? Você é abençoado.
Bob Sorge afirma que as lágrimas falam de
algo puro e autêntico. Sim, é possível forjar lágrimas, os atores aprendem a
fazer isso muito bem, mas:
... vamos ser
honestos acerca disso: ninguém consegue fingir lágrimas enquanto está orando.
No lugar secreto, quando vêm, as lágrimas são sinceras ou então não vêm.
Meu conceito sobre oração com lágrimas mudou
radicalmente quando li em um jornal Arauto que elas são orações líquidas e quentes. Bob Sorge diz que elas são palavras líquidas que expressam muito
mais que as palavras conseguem falar. As palavras podem esconder ´máscaras de
banalidades artificiais´, mas ´as lágrimas vêm diretamente do coração´.
Por que choramos?
Choramos porque
desejamos ou porque estamos sofrendo; portanto as lágrimas são a linguagem do desejo. Nós desejamos a Deus,
chegando às lágrimas. Se perdermos esse desejo, Ele o cultivará dentro de nós,
se afastando, aparentemente, em sua misericórdia. É a fome que nos deixa
famintos: é a sede que nos deixa sedentos. A
privação gera o desejo (grifos meus).
Doentes de amor fazem dieta de
lágrimas
Nesses dias que precedem ao Dia da Expiação, o
Senhor quer nos levar a ficar doentes de amor como a virgem do Cântico dos
Cânticos. É uma doença que gera lágrimas.
Ó mulheres de
Jerusalém, eu as faço jurar: se encontrarem o meu amado, que dirão a ele?
Digam-lhe que estou doente de amor! (Ct 5.8 – NVI)
Quem tem fome e sede por tocar na orla das
vestes de Jesus sofre da doença de amor. Quer contemplá-lo em seu santuário e
avistar o poder de sua glória (Sl 63.2). Anseia por ele como a corça anseia por
águas numa terra exaurida (Sl 42.1). Está tão doente que faz uma dieta de
lágrimas – no café da manhã ao jantar. O doente de amor clama como Moisés: `Mostra-me
tua glória` (Ex 33.18).
PRESCISAMOS MESMO DE SERMOS BATIZADOS COM ANGUSTIAS E O PESO DA DOR DO CORAÇAO DO PAI,,,QUE O ESPIRITO SANTO GERE NO CORPO ESSE SENTIMENTO DE INTENSA CONTRIÇAO E LAGRIMAS SERAO ALIMENTOS DIARIOS PARA NOSSA SOBREVIVENCIA....HO DEUS GERA EM NOS TUAS LAGRIMAS POR NOSSOS PROPIOS PECADOS.
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